Nada melhor que iniciar este blogue no final de 2014, com a minha ideia do que será 2015:
2015 será provavelmente um ano de incerteza e como tal
volatilidade, as questões em aberto são muitas e de grande dimensão, a saber:
- Crise da Ucrânia;
- Situação no Médio Oriente;
- Deflação na Zona
Euro;
- Crescimento na China;
- O paradoxo dos EUA, crescimento versus bolha e subida das
taxas de juro.
Uma coisa parece ser certa, a União Europeia, mais
concretamente o BCE vão ter de fazer mais.
Aparentemente os caminhos dos Estados Unidos e da Europa
divergem, a economia dos EUA está a passar por uma recuperação, e é provável que
tenha atingido uma taxa de crescimento sustentável
(previsão de 3,0% em 2015). Com o desemprego abaixo de 6,0%, será talvez altura
para a Fed começar a subir as taxas de juro, se pretende evitar uma bolha. Mas
neste caso os EUA poderão deixar de ser o motor de crescimento, sendo o principal risco global a
fraqueza no resto do mundo (China, Zona Euro, Japão).
Este desenvolvimento da
economia americana contrasta com a da Zona Euro, onde ainda não há qualquer
sinal de uma recuperação robusta. De fato, o BCE foi mais lento na sua atuação
e só recentemente baixou a taxa de juro para próximo de zero, bem como admitiu a
possibilidade de uma compra alargada de ativos no início de 2015, incluindo a
dívida soberana. Com a possibilidade de deflação e a continuação das políticas
de contenção não espero que a Economia Europeia cresça em 2015 mais que
marginalmente.
No Japão a economia encolheu
1,9 por cento entre julho e setembro mas é possível que o iene enfraqueça ainda mais em
2015, impulsionando o crescimento económico um pouco e causando ligeira
inflação.
A economia chinesa (primeira ou segunda economia do mundo)
cresceu 7,7% em 2013 e 2012, mas abrandou para 7,5% no primeiro semestre deste
ano e continuou a abrandar no 3.º trimestre, para 7,3%, o valor mais baixo dos
últimos cinco anos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o
crescimento económico da China abrande ainda mais em 2015, ficando entre 6,5% e
7%, o que representará menos de 2 pontos percentuais do que a média anual de
9,1% registada ao longo do último quarto de século.
Neste contexto prevejo
alta volatilidade, a qual, tem uma correlação forte e negativa com os retornos
das ações e um dólar forte.
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